Estola elegante ajuda a compor visual de festaDefinitivamente este inverno não foi o inverno dos sonhos de toda tricoteira-arteira. Aqui pelos lados do Sudeste, poucos foram os dias em que pudemos realmente desfilar por aí as nossas artes mais quentes e aconchegantes, criadas com nossas mágicas agulhas de tricô.
Mas, como toda tricoteira-arteira que se preze tem sempre algum projeto dos desejos esperando o momento certo para ser tecido, chegou a hora de você se dar ao luxo de investir seu tempo em algo que poderá usar por anos a fio, sem se preocupar com o vaivém da moda nem com as oscilações climáticas.
Você já reparou que, quando precisa de um agasalho para compor um look de festa, não encontra nas lojas algo realmente diferente? Que tal aproveitar essa entressafra meteorológica e tecer uma estola muito elegante para compor o seu visual exclusivo para festas?
Além de ecologicamente correta por não usar pele animal, uma estola tecida por você com um fio diferenciado, vai lhe garantir a exclusividade do "modelito" e, sem sombra de dúvida, o seu "pretinho básico" vai se destacar das outras convidadas.
Black Beauty Stole, uma nova receita com muito charme e bem fácil e rápida para tecer.fotos: Carlos Bessa, Arquivo Pessoal
Um arsenal cheio de idéias e seus inimigos contra-atacando
Outro dia uma tricoteira-arteira muito querida herdou um arsenal de fios antigos daqueles de deixar qualquer um enlouquecido para começar a tecer tudo ao mesmo tempo, mas... O cheiro de mofo “tava de matar”. Muitas foram as sugestões que ela recebeu de outras tricoteiras-arteiras para solucionar o problema, porém, eu acabei deixando de dar os meus “pitacos” ou sugestões a ela. Mas sempre há tempo para socorrer uma amiga.
Se você, amiga leitora, também foi lembrada por Papai Noel antes da hora e não sabe o que fazer para aproveitar as heranças de fios passados de geração em geração, saiba que é possível salvar seu arsenal do mofo que está pronto para atacar seu nariz e sua pele, sem descartar nem um fiapo sequer dessas preciosidades e sem gastar quase nada.• Para começar a tarefa de resgate, proteja suas mãos com luvas e, se possível, seu nariz e boca com uma máscara (até um lenço molhado serve).• Se dispuser de um local com bastante sol, espalhe bem os novelos e meadas para arejar durante algumas horas. Se os rótulos estiverem manchados de amarelo ou preto, remova-os.• Após deixá-los ao sol, pulverize cada novelo com uma solução de álcool tradicional com um pedacinho de cânfora dissolvida. (Se você fizer tratamento homeopático, não deve usar cânfora.) Também vale misturar óleo de cedro ou extrato de lavanda (óleo essencial) com o álcool. • No lugar onde for guardar os fios depois de tratados, coloque uma embalagem pequena de “caça-mofo” e sachês feitos com cravos-da-índia. (Use uma meia fina velha para fazer pequenas bolinhas.) De preferência, acondicione seu novelos em caixas ou contêineres plásticos bem fechados.• Antes de tecer, deixe os novelos dormirem no freezer dentro de sacos plásticos bem fechados. Isso acabará com os eventuais ácaros e outros bichinhos que provocam alergia. Ao retirar os novelos do freezer, enrole-os novamente, passando o fio por uma fralda de pano embebida em álcool canforado.• Depois que tecer a peça, lave antes de usar. Pode apostar, não tem cheiro de mofo nem ácaro que resistam a esses cuidados. A propósito, amiga leitora, se você tem alguma dica legal para conservação de tricôs e fios, não deixe de mandá-las. Esse espaço está sempre aberto para a sua idéia. Afinal cada tricoteira-arteira tem sempre um segredinho de bem-tecer e bem-viver.Bom tricô e até a próxima.